segunda-feira, 14 de junho de 2010

A IMPORTÂNCIA DA DRENAGEM LINFÁTICA NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO


Nos últimos anos, a cirurgia plástica tem apresentado larga divulgação e importante aprimoramento de suas técnicas. É uma área de ampla atuação, havendo a necessidade de integração de uma equipe multidisciplinar, a fim de alcançar melhores resultados.

A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico. A preocupação com os cuidados no pré e pós-operatório tem demonstrado fator preventivo de possíveis complicações e promoção de um resultado estético mais satisfatório.

Atualmente, a fisioterapia vem agregando notável importância a este segmento. Utilizando-se de seus recursos específicos, como:

· preparatório à intervenção cirúrgica,

· acelerar o processo de recuperação pós-operatória,

· prevenção e controle de complicações comuns.

Aspectos Gerais do Pós-operatório:
A fisioterapia apresenta maior atuação neste período. É importante ser realizada reavaliação fisioterápica, onde serão analisadas as características decorrentes à cirurgia. Neste momento, também serão comparados os dados documentados na avaliação anteriormente realizada. Alguns aspectos apresentam maior importância, como: análise do trofismo cutâneo e muscular, análise do edema, análise da cicatriz e análise da dor e sensibilidade. Nós por meio da fisioterapia pré e pós cirúrgica, podemos minimizar as queixas e otimizar os resultados da cirurgia, diminuindo o desconforto e os traumas para o paciente.
Cabe lembrar que sua satisfação talvez seja o critério hoje mais importante na avaliação dos resultados de procedimentos cirúrgicos.
Com esse trabalho, temos o objetivo de levar a todos os profissionais da área médica os benefícios da reabilitação em pacientes que foram submetidos a cirurgia plástica, destacando que a fisioterapia tem muito a contribuir, tanto no pré como no pós operatório, com orientações e um tratamento fisioterapêutico adequado.
Desta forma, é fundamental que os cirurgiões conheçam seus detalhes e indiquem um tratamento fisioterapêutico logo após o procedimento cirúrgico.
Tratamento Fisioterapêutico
Existem vários recursos que podem ser utilizados na fisioterapia, como a drenagem linfática manual e a eletroterapia, que vem demonstrando eficácias e resultados positivos para a reabilitação do paciente. O tratamento pós cirúrgico pode ser realizado no pós operatório imediato ou tardio, tendo como objetivo previnir: edema, enfisema cutâneo, retrações cicatriciais, fibrose, lipoma, seroma, déficit de sensibilidade e contratura muscular.
Drenagem Linfática
A dinâmica fisiológica da formação da linfa e do fluxo linfático está estreitamente interrelacionada com a dinâmica do sistema sanguíneo e do tecido intersticial.
Este líquido do interstício retorna à circulação sanguínea por meio da difusão que ocorre em nível dos capilares venosos, no entanto, outra parte do líquido intersticial volta à circulação venosa por uma via secundária (o sistema linfático).
Pouco a pouco a drenagem linfática manual foi sendo apoiada cientificamente, pesquisadores a aperfeiçoaram, modificaram e comprovaram sua eficácia: Földi (Alemanha), Leduc (Bélgica), Cluzan (França), Casley-Smith (Austrália).
“Hoje a drenagem linfática manual adquiriu um lugar de destaque no tratamento de edemas e linfoedemas. Os Simpósios e Congressos de Linfologia realizados mundialmente reúnem membros do corpo médico e paramédicos adeptos da drenagem linfática manual”.
Para obter um importante e significativo resultado da drenagem linfática manual é de vital importância que o fisioterapeuta tenha conhecimento da anatomia do sistema linfático (pré-coletores, vasos coletores, coletores principais e linfonodos), e da sua fisiologia.
O principal objetivo da drenagem linfática manual é drenar o excesso de fluido acumulado nos espaços intersticiais de forma a manter o equilíbrio das pressões tissulares e hidrostáticas.
A drenagem linfática manual deve ser lenta, suave e rítmica, causando um bom relaxamento do paciente e do corpo (pois a dor não faz parte desta conduta) e direcionando este líquido estagnado para os coletores linfáticos, aumentando assim a absorção linfática.
A drenagem linfática manual só não é indicada em alguns casos específicos como: tumores benígnos e malígnos, distúrbios circulatórios (flebite, tromboflebite), inflamação aguda, doenças de pele, processos infecciosos, estado febril, infarto do miocárdio, fase aguda das artrites.
A indicação da drenagem linfática manual no pré-operatório se deve pelo fato de ajudar a desintoxicar o seu organismo, facilitando a remoção do sangue, descongestionando os vasos e os tecidos, melhorando o aspecto da pele, ativando, limpando, regularizando e nutrindo os tecidos, reforçando a capacidade de auto defesa e auto purificação do corpo, acelerando o metabolismo para a eliminação dos radicais livres, enriquecendo, nutrindo e hidratando o tecido para a cirurgia.

FONTE: www.fernandaschmitz.blogspot.com

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