quarta-feira, 2 de junho de 2010

PILATES: TRABALHANDO COM ESCLEROSE MÚLTIPLA NO REFORMER


Quem tem ou já teve envolvimento com o Pilates sabe muito bem que o reformer é uma excelente ferramenta para trabalhar com a força, flexibilidade, controle motor e equilíbrio. Por estas razões, o reformer é também uma ferramenta extremamente útil para o trabalho com pessoas com esclerose múltipla. Eu tenho trabalhado com uma grande variedade de pacientes com esclerose múltipla nos últimos 23 anos, conta Mary Kay Foley* (fisioterapeuta e instrutora de Pilates). Em associação com o Centro Heuga para a Esclerose Múltipla (cuja missão é capacitar os pacientes com esclerose múltipla; seu lema é: “Can Do/Pode Fazer”). Alguns pacientes apresentam sintomas leves, que nunca iria adivinhar que tEm a doença, enquanto outros podem ser bastante debilitados. Para quem possui esclerose múltipla, o reformer pode ser precioso para os trabalhos sobre as alterações funcionais nas áreas onde o controle motor ou função do músculo é comprometido.
Embora o exercício de Pilates não vá mudar o processo da doença, ele pode ajudar as pessoas a manter a força e coordenação mais do que seria possível sem o auxílio do método. Há, entretanto, considerações especiais que um instrutor de Pilates deve estar ciente de quando se trabalha com alguém com esclerose múltipla.

Evitar o excesso de calor (aquecimento)
Sensibilidade ao calor é comum com a esclerose múltipla. Para ser um exercício tranquilo, ele deve ser realizado em uma sala com ar-condicionado no verão, ou um ambiente que não está superaquecida no inverno. Beber água fria também pode ajudar, mas algumas pessoas com esclerose múltipla podem ter incontinência urinária, portanto tome cuidado! Se o cliente se sente como se seus sintomas estão piorando, eles deverem parar de se exercitar até que os sintomas diminuam.

Segurança
Segurança é uma questão fundamental no trabalho com pessoas com esclerose múltipla. Bloquear o carrinho, ou colocar todas as fontes, enquanto o paciente está passando, vai oferecer a um portador de esclerose múltipla a base mais estável para mover-se. Certifique-se de que seu cliente terá sempre onde se apoiar, evitando quedas e outros problemas.

Trabalhando com espasticidade
A espasticidade é um sintoma freqüente da esclerose múltipla que aparece em até 75 por cento dos pacientes. A espasticidade é um aumento involuntário do tônus muscular, causada pela desmielinização em partes do sistema nervoso central.
Pode-se a primeira instância ser pensado que isso é um fator posivito, mas de fato não o é. Se alguém tiver fraqueza severa, a espasticidade pode ajudar a dar-lhes força e mais resistência. Mas o lado ruim é que a espasticidade pode tornar as pernas presas e mais pesadas. Pode ser difícil manter os dedos apontados, e os joelhos e quadris em linha reta. No exercício, deve-se trabalhar com posições que sejam contra os efeitos da espasticidade, ou seja, não ter os joelhos, quadris e os dedos apontados todos ao mesmo tempo. Isto nos permite trabalhar em verdadeira força funcional.

Mantenha-se informado
É provável que uma pessoa levemente afetada por esclerose múltipla iria procurar Pilates em um ambiente de estúdio (estas seriam as pessoas que você não saberia, olhando para eles que tem esclerose múltipla). Os pacientes que são mais severamente afetados seriam mais prováveis que procurem o Pilates como um complemento para o trabalho com seu personal trainer, e que normalmente têm uma reabilitação profissional que poderiam ou prestar o serviço ou agir como um auxílio junto ao instrutor de Pilates.
Ao ganhar uma melhor compreensão dos processos da doença e as implicações causadas ao paciente, instrutores de Pilates podem oferecer programas mais eficazes para uma ampla variedade de público. Com algumas modificações simples, o reformer pode beneficiar muito as pessoas com esclerose múltipla.

*Autora: Mary Kay Foley
Tradução: Eduardo Silva
Fonte: pilates-pro.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário